21 coisas que aprendi em 21 dias escrevendo

sábado, agosto 31, 2013 Rica Matsu 4 Comentarios



01) Fazer o que gosta vence o sono;

02) O dicionário é muito mais necessário do que pensamos;

03) Fazer backup impede frustrações;

04) Investigar gera bagagem cultural;

05) Pessoas é a principal fonte de inspiração;

06) Uma imagem não vale mais que mil palavras, porém é essencial;

07) Nunca um texto vai ser imparcial;

08) Aprendi o que é conteúdo evergreen;

09) Notícias positivas podem ter tanta audiência quando as negativas;

10) Você pode tocar, de fato, as pessoas com suas palavras;

11) Acreditar no seu trabalho quer dizer que você tem talento;

12) Ler é um tesouro escondido que mais cedo ou mais tarde você encontra;

13) Café, realmente, é um grande potencializador de pensamentos;

14) Deixar um texto mais leve mesmo com palavras pesadas;

15) Temas positivos brotam outros; negativos são infrutíferos;

16) O improviso, o inesperado pode extrair o melhor de nós;

17) Palavras rebuscadas são estáticas e as simples se movimentam;

18) Ter persistência é mais fácil do que pensamos;


19) Sair da zona de conforto é como enxergar o sol pela fresta de uma porta entreaberta;

20) O sol nasce todos os dias e esta porta está sempre aberta;

21) A fresta aumenta na medida que você abre a porta.


rica

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21º dia: Saudades do futuro

sexta-feira, agosto 30, 2013 Rica Matsu 0 Comentarios



Saudade é um sentimento latente em todo mundo. Do tempo de escola, da infância, de ex-amores, lugares, da cidade natal, de pessoas que passaram em nossas vidas. Tem saudades de quê? Logo vêm mil e uma coisas, pessoas e momentos que parecem ainda estar vivos na memória. Foi tão bom assim? E hoje, o que deixaria saudades? Consegue imaginar algo de que possa sentir saudades no futuro? Respostas não faltam. O fato é que quase sempre depois da saudade vem um lamento. Isso mantém velhas lembranças no topo das paradas do ranking do coração. Esse Top Five precisa ser renovado.

De fato a maior incidência de lembranças são relacionadas a perdas. É uma paixão inesquecível, momentos agradáveis vividos em determinada época da vida, pessoas que foram para outro plano os quais tínhamos relacionamentos intensos. Essas lembranças são mais ou menos recorrentes dependendo do quão importante significado estas situações ou pessoas tem.

Há uma linha bem suave que divide a saudade e a nostalgia. A saudade é mais suspirante, pautada, em geral, na gratidão. Na nostalgia a coisa já não é tão amena. Um estado melancólico conduz esse sentimento. Como por exemplo, alguém que foi exilado e nunca mais voltou à sua origem. As duas sensações são tão fortes que sempre alimentam as lembranças de forma que perdurem por muito tempo, ou até sejam as protagonistas de nossas recordações. Não que isso não seja justo. Mas e o espaço para o novo? Reclamamos sempre de que a memória está ruim, que estamos ficando velhos. Aquela velha brincadeira tosca de que o problema é “veiêra”. Pessoas beirando a adolescência dizendo que estão ficando velhas.

Quem não conhece aquela pessoa que teve ou ainda tem um amor platônico por alguém? Ou que mantém velhos hábitos para ficar lembrando e relembrando um período passado. Guardam fotos que já estão amareladas de tão sufocadas em pastas e gavetas solitárias. Há, também, aqueles que contam a mesma história duas mil seiscentos e trinta e quatro vezes. É quase um culto ao passado. Existe também certo conforto em visitar sempre os mesmos lugares para ter as mesmas lembranças. Existe um ciclo que precisa ser seguido, aliás, ele nunca para: passado – presente – futuro. É tão simples e ainda assim o complicamos na tentativa de salvaguardar o que se foi. Retrospectivas nem na tv do plim-plim passam mais de uma vez por ano.

Tá mais e aí, o que fazer para retirar o mofo sensorial? Em resumo, é como ganhar um presente. Chamo de A Teoria do Papel de Presente. Nunca guarde o papel rasgado. Quando você ganha um presente, costuma guardar o papel? Tenta, inclusive, abrir com o máximo cuidado para que possa aproveitá-lo mais tarde? Quando vem com um laço, desfaz ou guarda a fita? Pense nisso. Rasgue o papel o mais depressa possível e descubra logo o que a vida está lhe dando. O que vida, a pessoa, o mundo está te oferecendo. Eles estão te oferecendo o NOVO. E assim que receber desate. Desamarre. Guarde o momento e dê um fim no papel que ora encobria o novo, o inesperado. Feito, comprado e criado especialmente para você. Não gostou do presente? Ainda tem a possibilidade de trocar, sem ressentimentos. Crie agora novas lembranças!

rica

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20º dia: Música pra quê?

quinta-feira, agosto 29, 2013 Rica Matsu 0 Comentarios



Para acordar, no despertador. No café da manhã. No som do carro pra abrandar o trânsito. No fone de ouvido ou nas caixinhas de som do computador. Nas praças de alimentação, em horário de almoço. Pra relaxar do trabalho na volta pra casa. Happy hour ou malhação. Música para meditar, Música para dormir. Se, como diz Ferreira Gullar, a arte existe porque a vida não basta, a Música é o condutor de nossa dança. Sem ela andamos pela vida. Com ela, dançamos. Mesmo em situações tristes, em derrotas, uma trilha sonora está lá para não deixar perder o ritmo. Para não deixar esquecer de ir ao baile. Para deixar claro para nós que a vida, independente de quando boa ou ruim, é uma eterna celebração.

Conseguiríamos viver sem Música? Segundo Nietzsche, filósofo alemão, a Música nos oferece momentos de verdadeiro sentimento; só a Música colocada ao lado do mundo pode nos dar uma ideia do que deve ser entendido por justificação do mundo como fenômeno estético. E que “sem Música a vida seria um erro”. Estas afirmações rebuscadas parecem exagero, mas explicar a importância do papel da ciência dos sons é uma tarefa complexa. Pois, a Música consegue ser simples como o barulho de um chocalho que distrai um bebê e transcendental ao ponto de conduzir meditações e rituais espirituais. A vida ausente de Música torna-se monótona e mecânica.

Imagine um casamento sem Música. O silêncio sem graça numa chegada de competição. Uma festa ao som disperso das conversas dos convidados. Agora, um aniversário sem parabéns pra você. Ou um mundo sem violão. Pense nos pássaros calados, sem canto. Nos filmes sem trilha sonora, na ausência de shows. Como apaixonar-se por alguém em silêncio? Sem aquela Música que nos leva e eleva ao ponto mais alto do amor? E talvez o pior cenário de todos: uma vida sem o verbo Dançar. É como se o corpo vivesse sem alma. Um vazio inexplicável e ensurdecedor. Duro, não?


É comprovado cientificamente que o coração sincroniza seu batimento ao ritmo de uma Música que esteja tocando. É um efeito físico e involuntário. Ela tem o poder de alterar nosso humor. Não é a toa que a Musicoterapia tem sido cada vez mais reconhecida no tratamento da dor e de doenças como o autismo. A Música é a prova viva de que o imaterial existe sob forma de som. Impossível de ser palpável, porém atomicamente auditivo e sensitivo ao coração, à pulsação. Uns a chamam de voz de deus. Dificilmente alguém pensa em religiosidade sem pensar em Música. Sacra, gospel, mantras, cânticos. Sem distinção de crenças, o divino é característica intrínseca da Música.

“Hoje todo tipo de som, independente se é bom ou ruim. É ótimo!” Declaração de Priscila Soares a um programa de tv, que aos 17 perdeu a audição. Após oito anos, colocou um implante auditivo, reaprendeu os sons e relembrou as músicas dos Back Street Boys que marcaram sua vida.

Preparar profissionais para levar Música e entretenimento para os quatro cantos do mundo, este é o trabalho de duas principais escolas de Música do país: a Escola de Música de Brasília e a Bituca – Universidade de Música Popular, em Barbacena. Duas escolas livres e gratuitas, que formam artistas com caráter profissionalizante.

Agora, imagine também, um casamento com Música, as entradas, a Valsa, a banda tocando. A euforia saindo dos alto falantes celebrando a vitória. Uma festa ao som contagiante de todas as músicas que marcaram época, os convidados dançando. E o aniversário? Parabéns pra você com direito a coral de “com quem será”. Toda a variedade de instrumentos musicais existentes no mundo e suas fábricas de sonhos. Pense no canto dos pássaros felizes com a chuva. Nas emocionantes trilhas dos filmes, na infinita programação de shows. Lembre-se daquela Música de quando você se apaixonou! Quase o fez largar tudo. E o melhor de todos os cenários: a certeza que de a vida é uma Dança! E nem precisamos de muito. Porque "com apenas 7 notas foram feitas todas as Músicas do mundo!" Lindo, não?

rica 

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19º dia: Um poema anula um mau pensamento

quarta-feira, agosto 28, 2013 Rica Matsu 0 Comentarios



Aos 13 anos de idade, numa aula de literatura, escrevi meu primeiro poema. Quando terminei, senti uma emoção que sempre vem à tona quando percebo que o que escrevi está completo. Foi tão espontâneo e (sem falsa modéstia) realmente bom, que uma amiga da sala não acreditou que eu mesmo o tinha escrito. Pois, estava lá. Ainda com a tinta azul reluzente e fresca nas folhas pautadas de um caderno brochura. Desde então, tomei gosto pela coisa e percebi que isso me deixava mais alegre nos momentos em que pensamentos ruins tomavam minha mente. O tempo passou, cresci e a sensação foi sempre a mesma. A de que um poema anula um mau pensamento.

Que atire a primeira palavra, quem não se sentiu confuso nesta idade tão cheia de novidades e inseguranças. A pré-adolescência é um anúncio de um furacão que chegará cedo ou tarde. A escrita me trouxe um sentimento de paz no meio das confusões. E conforme elas evoluíam, na adolescência, no início da fase adulta, apesar de todas as preocupações e responsabilidades, o sentimento de alívio ainda era o mesmo. Era só começar a escrever e uma centelha de serenidade se instalava no coração.

Um poema é o “produto” literário mais fácil de produzir. Basta ter um pouco de intimidade com a linguagem das palavras, um bocado de sentimentos no coração e uns mil pensamentos na cabeça. Garanto que tem muito mais que isso, a todo instante, na sua também. Escrever um texto sobre algum assunto, uma crônica ou um livro já é outro papo. Vai exigir mais conhecimento, técnica e, talvez, certa experiência. Como disse o mestre Pablo Neruda: “Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias.”. Fácil? É verdade, muitas vezes as ideias não aparecem para ser colocadas, desta forma. Agora, pensamentos e sentimentos tem de sobra! Junte a isso uma possibilidade de distração, reflexão e leitura rápida. Assim, a faca e o queijo na mão!


Criar um poema é esquecer os problemas por um momento. É exercitar a sensibilidade interior. Isso traz bem, desacelera. Além de encontrar a solução de algum problema seu, sem querer, no meio destas reflexões. A psicologia utiliza muitos processos de passar para o papel as nossas emoções. Veja só! Será que um poeta é um terapeuta de si mesmo?

A leitura despretensiosa de poesia esvazia a mente de maus pensamentos. Embora, para muitos seja um das coisas mais chatas. Esse papo de poesia, autores, devaneios e palavras melodramáticas. E se este for o seu caso escreva também. Exponha o que te incomoda nem que seja para você, somente para você. Jogue fora depois se quiser. Transforme isto em arte, mesmo que temporária e solitária. Anule pensamentos ruins. É porque eu não vendo poesia - ainda - senão terminaria esse texto assim:

E se não anular um pensamento ruim devolvemos o seu dinheiro na hora!

rica

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18º dia: Por um mundo com mais Ovelhas Negras

terça-feira, agosto 27, 2013 Rica Matsu 0 Comentarios



A história tem várias versões para dar significado a degenerada expressão “ovelha negra”. Religiosos antigos a consideravam força das trevas e até sacrificavam as pretinhas em oferenda aos deuses. A origem é de pastores que preferiam as brancas pelo maior valor de mercado. A lã branca podia ser tingida, ao contrário da negra. Nascidas por ocorrência de mutação genética, as negras eram mais difíceis de cuidar e geralmente não acompanhavam o rebanho. O mesmo acontece com a gente. Ser diferente do rebanho implica não passar despercebido, estar em destaque, opor-se a padrões determinados; seguir seu próprio caminho. E claro, incomodar o tradicional. Não se pode tingir a lã que nos caracteriza como ser único em todo universo, assim, do jeito que bem entender. É como colocar uniforme na alma. Impor valores que privam a liberdade ou que estejam de acordo com um sistema de segundas intenções.

Estamos imersos em rebanhos a todo momento. Literalmente, religiões e crenças nos tratam assim. Cultuam-se padrões considerados normais ao invés de focar o aproveitamento dos dons inerentes de cada pessoa. O próprio senso comum carrega consigo através de gerações esse valor engessado. O detalhe é que nesta seleção natural, surgem mais e mais ovelhas negras, além de outras que não se deixam tingir. Defendem sua cor e a liberdade de não pertencer a rebanhos, para infelicidade do preconceito e do modelo arcaico da sociedade.

São aquelas pessoas que discordam de convenções, que mais encontram soluções inovadoras. Como evoluir para algum lugar sem quebrar paradigmas ou regras limitantes? Será mesmo que cada um deve seguir o que uns e outros acreditam ser o ideal, o mais apropriado? No mundo corporativo a expressão “ter o perfil” é bastante utilizada. É preciso ter certo perfil para ser adequado. Ou seja, um monte de perfis e poucas caras de frente. Inúmeros profissionais que olham de lado, de perfil. E muito poucos os que olham nos olhos, de frente. Isto se aplica em qualquer outra área da vida. Isto se aplica a nós mesmos diante do espelho. Você costuma olhar-se de lado ou no fundo dos seus próprios olhos?


Ovelhas brancas seguem o pastor chamado 8 horas de trabalho ou o fazendeiro aposentadoria aos 60 anos de idade. Às vezes sem nem mesmo saber como isso foi institucionalizado. Já trabalhou alguma vez em fábrica de carro? Não? Acredite. Essa rotina foi criada por Ford em plena revolução industrial e se mantém até hoje! Não importa qual a profissão. Este modelo de divisão de tempo, das cavernas, ainda impera no mercado de trabalho. É como aquele experimento do macaco na jaula que apanhava dos outros se subisse na escada para pegar banana.

Cinco macacos numa jaula, uma escada e no alto o cacho de bananas. Quando um macaco subia para pegar as bananas, um jato de água gelada era disparado nos que estavam no chão. Depois de um tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o impediam e desciam a porrada. Outro tempo depois, nenhum macaco subia mais, apesar do maravilhoso cacho de bananas. Os cientistas trocaram um dos macacos por um novo. De imediato ele subiu a escada, mas logo foi retirado pelos outros de baixo de pancada.

Algumas surras depois, o novo integrante do grupo também não subia mais a escada. Um segundo macaco veterano foi substituído e aconteceu a mesma coisa. Inclusive, o primeiro substituto participou com entusiasmo na surra do novato. Um terceiro foi trocado e mesma coisa. Um quarto e, finalmente, o último dos mais antigos. Os cientistas então ficaram com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo recebido um banho gelado, continuavam batendo no que tentasse apanhar as bananas. Se fosse possível perguntar a algum desses macacos por que eles batiam em quem tentasse subir a escada, a resposta seria: "Não sei, mas aqui as coisas sempre foram assim.”.


Assim como os macacos a grande maioria das ovelhas agem desta forma. Ninguém questiona mais o status quo. Mesmo cheio de talentos, dons e capacidades. Pessoas que produzem mais durante o período vespertino ou noturno obrigam-se acordar cedo para trabalhar, em locais muitas vezes distantes de casa, chegando às oito para começar a efetivamente produzir, assim que seus chefes chegam, em torno das dez.

Tem que ser assim. Tem que ser dessa forma, deste jeito. Onde tiver “tem que”, nem precisa ir mais adiante. Já reparou que tudo que tem que alguma coisa não é a sua voz quem diz? O que “tem que” é realmente o que você quer? Essa expressãozinha parece limitar as nossas escolhas. Nela não existe liberdade. Já trabalhei em locais onde era quase obrigatório o uso de ternos em reuniões ou eventos importantes. Me perguntava sempre o porque. Qual o abençoado que inventou que teríamos que ficar sempre confinados numa sala, a arder de calor, com todos aqueles outros pinguins a discutir o sexo dos anjos e marcar a conclusão para uma próxima reunião. Não havia diferença alguma das vezes em que eu falava de jaqueta e calça jeans surrada, quando não me lembrava (de propósito) de sair de casa parecendo um vendedor da Barsa. Sem falar nas sextas-feiras em que se podia ir “mais à vontade”. Um mistério que assombra toda a Comunidade da Negritude das Ovelhas Libertárias.

Enfim, qual a cor da sua lã?

rica

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17º dia: Viva!

segunda-feira, agosto 26, 2013 Rica Matsu 0 Comentarios



Acordou de manhã com a cara amassada. Sem ânimo, bêbado de sono. Nem tomou café e saiu para mais um dia de engarrafamento até chegar ao trabalho. Depois de exercitar joelhos e panturrilhas nos pedais do autoimóvel, ficou feliz ao encontrar a última vaga bem em cima do canteiro entre um estacionamento e outro. Pronto. Ele já estava preparado para começar mais um dia de trabalho na repartição. Esperou o elevador e, aos que estavam lá dentro, deu bom dia – como quem levou um cutucão da mãe quando não pede bença pra tia. Sentou-se na cadeira e ligou o computador. Observando o girar infinito do cursor a carregar os programas, desejava que o navegador abrisse logo na página do jornal para ver, e depois comentar entre seus colegas de trabalho, os acidentes mais incríveis do dia. Poderia ser um enredo de um filme de terror moderno. Só que não. É a realidade bastarda de muitas pessoas que vivem no modo automático do deixa a vida me levar. Esse piloto só leva ao seguinte destino: O Grande Vazio Interior.

Quem vive com a Síndrome de Zeca Pagodinho, pode até levantar as mãos pro céu e ser fiel, mas está longe de agradecer de forma sincera o destino que deus lhe deu. A realidade descrita acima é um retrato bastante comum da atualidade. Pessoas deixam de seguir seus sonhos em troca de uma vida supostamente segura, sem riscos e com emprego garantido. Priorizam um padrão enfadonho de sociedade que resumem suas vidas em diversas outras síndromes: síndrome da segunda-feira, síndrome da reclamação adquirida, síndrome do prazer por conteúdo negativo, entre outras. Falta de coragem ou medo de ser você mesmo?


Já reparou que as crianças acham que podem tudo e na maioria das vezes não tem medo de nada? Lembro-me de ouvir uma história onde um garoto amarrou uma toalha no pescoço, subiu no telhado e quase pulou como o Superman. Irresponsabilidade, não? Um adulto nunca faria isso. A questão é o quanto somos tolhidos desde pequeno para que não nos arrisquemos a ser o protagonista de nossas vidas. ATENÇÃO, CRIANÇAS! NÃO FAÇAM ISSO EM CASA! ALIÁS, DO SOFÁ PARA UMA COLCHÃO INFLÁVEL PODE ATÉ SER, MAS COLOQUEM TAMBÉM UM EDREDOM BEM MACIO PARA AMORTECER A QUEDA. Voltando... Preferimos manter um padrão medíocre e confortável de sociedade para que não sejamos repreendidos pelos nossos pais, família, igreja ou qualquer outra entidade que sabe o que é melhor, o que tem que ser, o mais correto.

Lembra-se do curioso caso de Benjamin Button? "Se quer saber nunca é tarde demais (ou no meu caso, cedo demais) pra ser quem você quiser ser. Não há limite de tempo, comece quando você quiser. Você pode mudar, ou ficar como está. Não há regras pra esse tipo de coisa. Podemos encarar a vida de forma positiva ou negativa. Espero que encare de forma positiva. Espero que veja coisas que surpreendam você. Espero que sinta coisas que nunca sentiu antes. Espero que conheça pessoas com pontos de vista diferentes. Espero que tenha uma vida da qual se orgulhe. E se você descobrir que não tem, espero que tenha forças pra conseguir começar novamente."

E esse texto de Marianne Williamson, que não há adjetivos suficientes para descrever: “O nosso medo mais profundo é nossa luz, não nossa escuridão que mais nos assusta. Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados. Nosso medo mais profundo é que somos poderosos além da medida. É nossa luz, não nossa escuridão que mais nos assusta. Nós nos perguntamos: quem sou eu para ser brilhante, maravilhoso, talentoso e fabuloso? Na verdade, que é você para não ser? Você é um filho do Universo! Bancar o pequeno não serve ao mundo. Não há nada de iluminado em se encolher para que outras as pessoas não se sintam inseguras ao seu redor. Nascemos para manifestar a glória do Universo que está dentro de nós. Não é apenas em alguns de nós, está em todos. E quando deixamos nossa luz brilhar, inconscientemente damos permissão às outras pessoas para fazerem o mesmo. Quando nos libertamos do nosso próprio medo, nossa presença automaticamente liberta os outros.”

E como dizia Charles Chaplin: "A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara pra faculdade. Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando... E termina tudo com um ótimo orgasmo!!! Não seria perfeito?"


O texto termina aqui por excesso de reflexões que sempre finalizam com uma voz dizendo: Viva!

rica

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16º dia: Preconceitos musicais

domingo, agosto 25, 2013 Rica Matsu 2 Comentarios



João que gostava de funk amava Roberta que dançava calypso que amava Mateus que gostava de reggae que amava Juliana que curtia Rock que amava Fernando que gostava de sertanejo que amava Cristina que não ouvia ninguém. João morreu no morro, Roberta se converteu, Mateus virou Rasta, Juliana enlouqueceu, Fernando voltou ao Goiás e Cristina foi abandonada na Igreja por Maurício, após saber que ela ouvia Justin Bieber escondido. Poucos encontros, muitos preconceitos.

“Quem não gosta de samba bom sujeito não é.” Já dizia Dorival Caymmi. E antes de sugerir culpa no cartório, é bom lembrar que este ilustre músico baiano deixou grande legado para a música brasileira. Inequivocamente, não foi ele quem incitou uma espécie de preconceito musical que atrapalha o sossego dos ouvidos. O fato é que estereótipos foram criados ao longo do tempo pelo senso comum.

Estilos de música consumidos por classes mais pobres são as maiores vítimas. Quem nunca reclamou do som alto do celular de um funkeiro desprovido de fone, no ônibus? Surgiram até campanhas na web para “conscientizar” estes MCs quanto às regras de etiqueta, moral e bons costumes. Os carros com o batidão acionando os alarmes alheios, os sertanejos nas esquinas de finais de semana saindo do porta-malas das Hilux com adesivo de boiadeiro. Suingueira, forró universitário, pós-graduado e doutorado. Doutorado mesmo só Luiz Gonzaga, diga-se de passagem.


Ninguém reclama dos clássicos. De fato, é raro (quase impossível) ver um carro passando com Chopin no volume máximo. Ou ao som “estridente” do banquinho e do violão de João Gilberto. Isso sim me parece louco. Mas, e se ao invés do funk carioca fosse um rock, um reggae ou mesmo um samba, teria o mesmo incômodo? Sim. Nem só de letra se faz música e o repertório de gostos é vasto. Existem vários funks com letras positivas que ao contrário da maioria não exaltam a visão rotulada de baixa cultura. Assim como também, vários hinos do rock que cultuam a trindade: sexo, drogas e rock’n roll. Falhe-me a memória, volume no talo era sinônimo de outro tipo de música.

As músicas da moda podem até não ter tanto conteúdo o quanto acham que deveria ter. Mas deixam muito mais sorrisos no rosto do que caras carrancudas intelectuais. Críticas vão existir sempre no mundo da música. Rixas entre cantores e instrumentistas de gêneros distintos são rotineiras desde quando se descobriu o dó-re-mi-fá-sol-lá-si. Se gostamos do artista, vez em quando, tomamos as dores. É uma coisa que não dá muito para separar. Alguns teóricos metidos à besta descem o sarrafo em cima dos Mestres de Cerimônia da atualidade. Os bambas do samba, por sua vez, minam toda a esperança de adolescentes que estão aprendendo a fazer o bom e velho rock, mesmo que de forma colorida.

A despeito das dancinhas de verão, existem axezeiros que ainda mantêm a linguagem da história cultural em suas letras, e não precisam apelar para a sexualidade caça-níquel. Qualquer lado que se defenda na música, automaticamente gera um preconceito sonoro. As últimas edições do Rock ‘n Rio foram marcadas pela diversidade de estilos musicais e muitas críticas ao conceito inicial do festival.


Parece difícil chegar a um consenso quanto ao direito e a liberdade de escolha, sem se prender a estilos de vida ou mesmo a um jeito de se vestir. É o bullying atuante no universo de gostos musicais das pessoas. A onda sonora que guarda suposta superioridade de alguns gêneros musicais tradicionais. Por mais eclético que seja, um músico nunca poderá agradar a gregos e troianos. É premissa básica. Clichê. Todos os estilos têm seu valor. Há quem ame e quem odeie. A discussão que evolui é saudável, traz o novo. Toda a música é válida se algum dia fez alguém feliz.

rica

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15º dia: A grande wi-fi da vida

sábado, agosto 24, 2013 Rica Matsu 0 Comentarios




Quem assistiu Avatar se lembra da conexão entre os habitantes do planeta e a natureza. Mais do que isso, era devoção. Esse tipo de amor está longe da realidade nos dias atuais. Imagine se você visse alguém na rua beijando uma flor ou abraçando uma árvore? O que vem à cabeça? O cara pirou, não é? Talvez. Se acha comum uma atitude dessas, parabéns! Você, sim, é normal. Um ser humano antenado com os valores universais da natureza, aliás, da sua própria natureza. Na era atual, não se fala em mais nada a não ser sobre estar conectado às redes – sociais e virtuais. São poucos os que estão genuinamente plugados na “grande rede”. Estamos conectados com tudo, menos com a natureza. Isso não é nada bom. Ficamos pendurados na teia da vida.

O homem se afastou da natureza de tal forma que não consegue se ver mais como parte dela. Coloca-se dono de uma propriedade. Um grileiro em escala global. Pode ser fruto de uma ambição sem escrúpulos de um animal que começou a pensar e a andar com duas pernas.

A sustentabilidade é uma questão que só agora tem se tornado pauta para um mundo melhor. As pessoas vivem (ou sobrevivem) como se houvesse alguma catástrofe natural que nos assola. As grandes corporações e governos – os “donos”, ainda não se conscientizaram. Mantêm ainda o mesmo pensamento do bípede metido a besta. O urbanismo exacerbado que desvirtuou todo o ecossistema, o consumo desenfreado; toda essa inversão de valores nos desconecta de nossa origem. A sorte é que grupos isolados estão em plena atividade para impedir o avanço desta idioteologia, trabalhando para reverter o pensamento alienado destes que herdaram a cisão de seus cordões umbilicais com a Mãe.


 As crianças de hoje raramente pisam na terra. Não sabem diferenciar um mamão de um abacate. Sim. O documentário “Muito Além do Peso (2012)” mostra isso e algumas outras bizarrices. Não precisa ir muito longe, ao perceber que temos muitas alergias a coisas que existem desde o florescer do Big Bang! Somos alérgicos ao pólen na primavera. A falta de exposição à natureza pode aumentar a incidência de asma, segundo estudo recente realizado na Universidade de Helsinque, na Finlândia.

Com certeza você sabe como são mais saudáveis as pessoas que vivem em áreas rurais. Grande parte das pessoas que moram nas cidades tem deficiência de vitamina D no organismo. Elas não têm tempo para pegar um sol e fazer uma caminhada pela manhã. Ou ainda estão impedidas pelas condições de onde moram: sem áreas verdes, no meio da selva de pedra. Existe ainda a pavimentação de certas áreas das cidades que estão a todo vapor. Na rua onde moro, por exemplo, acabaram de substituir jardins por estacionamentos em volta dos prédios. Mais carros, menos ar puro. Mais tijolos, menos flores.


Vamos todos sair da cidade e morar no mato? Longe disso. É preciso sim percorrer uma longa distância, que vai dos tênis de marca aos pés descalços no chão. Do oxigênio das matas a nossa respiração. Voltar à consciência, replantar as origens. Reconectar. Lembrar de que não somos seres separados da natureza. Sempre fomos conectados a ela na grande wi-fi do sinal da vida.

rica

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Videodespertador #02

sábado, agosto 24, 2013 Rica Matsu 0 Comentarios

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14º dia: Minimalismo

sexta-feira, agosto 23, 2013 Rica Matsu 4 Comentarios



Hollister, Michael Kors, Victoria’s Secret, Apple, MAC, Nike, Guess, Louis Vuitton. Nomes de sonhos de consumo atuais para a maioria da nova classe média brasileira. Usufruir de qualquer destas marcas é quase uma necessidade de amor preenchida.  As pessoas enxergam nesses produtos reconhecimento, dignidade e respeito. Ou qualquer outro valor saudável, substituído ao longo do tempo por coisas sintéticas. Na contramão do mundo encantado da Disney, os adeptos do minimalismo vivem com menos, porém mais intensamente. Estão prontos para aproveitar os prazeres reais da vida, com menos tralhas e mais significado.

Viver mais com menos, esta é a essência do estilo de vida minimalista. Sem causa aparente, não tem características de um movimento, apesar do nome herdado da classe artística do passado. A busca de uma vida com mais propósito ou uma reflexão sobre o consumismo, e até a sensação de vazio por excesso de posses são, entre outros motivos de superficialidade detectada, desencadeadores deste convite à simplicidade.

O entulho de todas as tralhas sejam elas eletrônicas, cosméticas ou têxteis, ficou no passado recente de várias pessoas que adotaram o estilo. Não só a classe média. Os mais ricos também estão deixando o alto padrão em nome de uma vida onde menos é mais. Há ainda uma tendência eco tecnológica de reduzir os pertences a um smartphone e uma bicicleta. A mobilidade e o minimalismo andam juntos.


A indústria do consumo subsidiada pelo governo, aliada aos meios de comunicação, transforma pessoas em agentes de proliferação de bens muitas vezes dispensáveis, comprados apenas por vaidade e egocentrismo inútil. Parece existir uma falta de sentido suprida por uma necessidade cada vez mais crescente de consumir. A mídia é a grande estrela condutora deste ciclo de falsos prazeres. A televisão e seus merchandisings novelescos, pregam o quando mais TER melhor, em detrimento do que é mais importante.

Dentro deste mar de complexidades, iscas de desapego são fisgadas num movimento tímido que ganha novos adeptos todos os dias. O blog Becoming minimalist, de Joshua Becker, possui mais de 200 mil leitores mensais e é referência no assunto. Fernanda Marinho e Ludmila Siqueira, são duas brasileiras minimalistas que colocam suas experiências - focadas no essencial - em seu blog Minimalizo. Mais que uma reflexão prática sobre o consumo, o minimalismo considera todos os aspectos da vida, principalmente a qualidade do nosso tempo livre. É como fazer um limpa nas preocupações. Destralhar mente e espírito. Para os mais espiritualistas é ritual de purificação.


Os que já têm certa tendência sentem-se muito confortáveis ao verem seus recursos aumentarem, conforme dizem adeus as coisas que não são mais tão necessárias assim. Quem conheceu agora, pode olhar torto ao confundir com uma espécie de pobreza declarada. Não é fácil se desprender de tantas coisas que, em princípio, nos parecem essenciais. De alguma forma, fazem parte de nossas histórias. Existe grande apego material e sentimental em jogo. Normal. Mas o que mais chama atenção neste modo de vida é uma sensação comum mencionada por todos seus adeptos: liberdade genuína, legítima, natural e verdadeira. Eis a essência do minimalismo.

rica

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Veneno do antídoto

sexta-feira, agosto 23, 2013 Rica Matsu 0 Comentarios


Coma.
Engorde,
não malhe.

Beba todas.
Menos água.
Até esquecer-se da amnésia.

Fazendo isso,
esquece-se um pouco do vício do amor.

rica
25/10/2012

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13º dia: 10 casos onde a bike é a estrela e não você

quinta-feira, agosto 22, 2013 Rica Matsu 0 Comentarios



Existe sim a solução para o trânsito e para sua saúde ao mesmo tempo. É claro, você já sabe: a bicicleta. Para ser mais globalizado, a bike. Além de tudo, é artística, cultural e sustentável. Ao contrário de um texto eco chato que possa imaginar a seguir, esse vai falar de 10 casos onde a bike é a estrela e não você! Quer ver?

1) Bike Arte

O projeto do Instituto Aromeiazero consiste na exposição cultural do trabalho de diversos artistas reunidos com objetivo de nos fazer pensar em uma cidade melhor para se viver. O que alimenta esta reflexão é a bicicleta como principal fonte de inspiração. São várias manifestações artísticas sobre duas rodas. Pedale até o facebook do projeto: https://www.facebook.com/bikearte.


2) Universidade Popular da Bicicleta

Em Barcelona, foi recentemente inaugurada a Universidade Popular da Bicicleta - Unibici. Isso mesmo, universidade! O objetivo é explorar todo o potencial das bikes nas diversas searas do conhecimento e fomentar a criação de novas áreas de trabalho no ciclismo. Fantástico! Veja: http://www.ciudadesporlabicicleta.org/unibici.



3) Monkey Light Pro

Projeto revolucionário que exibe animações em LED quando as rodas estão em movimento. Financiado através de crowdfunding, atingiu rapidamente a meta pela proposta tão inovadora, artística e tecnológica. Sem maiores explicações, assista o vídeo na página do Kickstarter. É demais!


4) Estacionamento japonês para bike revolucionário

Elas precisam de todo cuidado possível. Nada mais justo para quem cuida do seu corpo e te livra do engarrafamento todos os dias. Pensando nisso uma empresa japonesa criou um estacionamento subterrâneo para bicicletas seguro e tecnológico. O Eco-Cycle é, inclusive à prova de terremotos. Quer mais segurança que isto? Veja aqui, como funciona.



5) Protagonistas de duas rodas

Em um bairro de Friburgo, na Alemanha, a bicicleta é o principal meio de transporte, praticamente não há carros. Baseada em uma política de mobilidade urbana e sustentabilidade, já existem cerca de 500 km de ciclovias. 40% dos habitantes não possuem carros. Bem que podia ser no Brasil! Veja a matéria completa no http://www.mobilize.org.br.


6) Para deixar a imaginação voar e pedalar

Como se não bastasse a enorme mobilidade das magrelas, cientistas de empresas tchecas estão desenvolvendo uma bicicleta que voa. O protótipo é ousado. Dá para sentir um pouco da emoção de duas rodas girando no ar, da ficção para a realidade.

  

 7) Ciclovia musical

A Ciclovia Musical é uma iniciativa que integra música e bicicleta em completo estado de movimento. Os ciclistas são os artistas e farão um concerto em cima de cada uma das 111 bicicletas! A ação acontece no bairro da Barra Funda, em São Paulo, agora dia 24 de agosto de 2013. Evento inclassificável, saudável e artístico ao mesmo tempo. Ficou curioso? Então, confira: http://www.cicloviamusical.com.br.
  

8) Lugar de destaque em sua casa

Nada de garagem ou bicicletários empoeirados de condomínio. Guardar a bicicleta em casa pode ser uma opção segura e decorativa. Veja no site TreeHugger opções criativas para a bike com a cara da sua casa, ou seria a casa com a cara da sua bike? Escolha aqui.
  

9) Leia, pedale e espalhe o amor

O livro EU AMO BIKE conta 50 histórias de brasileiros que pedalam todos os dias, seja por esporte, trabalho ou lazer. Aliás, bike é tudo isto misturado, certo? Parte da renda é revertida para ONGs pró-mobilidade. https://www.facebook.com/livroeuamobike


  
10) Será o fim das 4 rodas?

O projeto Hurbe, do jornalista Felipe Daroit e do publicitário Andrey Damo, produziu uma matéria impressionante sobre mobilidade urbana e o futuro da bike. Vale a penas assistir do início ao fim. É de pegar o telefone, AGORA, e anunciar a venda do próprio carro!




Brasil pedalando com força

O Rio de Janeiro está na 12ª posição entre as melhores cidades para se andar de bicicleta, de acordo com o The Copenhagenize Index 2013, relatório que promove um ranking mundial de infraestrutura para o ciclismo. Há ainda a previsão de chegar a 450 km de malha cicloviária na capital, até 2016.

Boas pedaladas!

rica


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Videodespertador #01

quinta-feira, agosto 22, 2013 Rica Matsu 0 Comentarios

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12º dia: Amor, o invicto!

quarta-feira, agosto 21, 2013 Rica Matsu 3 Comentarios



Acabou. Depois de chegar ao extremo da intolerância, acabou. Terminou. E foi feio! Muitos irão dizer que é só uma fase. Ou que ainda tem volta. Aqueles mais otimistas darão aquela força: vai sair dessa, bola pra frente, terminou um ciclo etc. Terminar um relacionamento é osso! Diante do fato consumado, resta o poder de escolha. O que fazer? Escolher a alternativa mais inédita. A opção pelo novo é a renúncia a velhos comportamentos que culminaram no fim.

Guerra dos Farrapos

Ciúmes, incompatibilidade de gênios, competição, vaidades, falta de atenção. São tantos os prováveis motivos de terminar um relacionamento que precisaria escrever um artigo com um alfabeto inteiro de anexos. Quando sentimos que o fim se aproxima, enchemos nossas bagagens de munição a espera do início da “Guerra dos Farrapos”. O que fazer, depois de mortos e feridos, é o que causa toda essa náusea emocional.

O campo minado

Ninguém gosta de chegar ao fim de alguma coisa que, na teoria, faz bem. A insegurança de perder e não conseguir de volta aquilo que nos nutri, fica bem ali esperando tudo terminar. Vem aquele pensamento torturante de que quando estamos comprometidos aparecem todos os pretendentes da Terra, e solteiros vivemos sempre no modo “E agora?”. Quando a briga é feia temos as duas opções: tentar voltar ou recomeçar do zero. É aquela tia falando que os dois se amam, aquele amigo ousado que já te apresenta a musa solução de todos seus problemas. De qualquer jeito, haverá “os que sabem mais” do que você.


As falsas estratégias

Muitos recorrem a esbórnia como catarse de tudo que ficou nas nuvens da rotina. Reclusão também é uma das alternativas cavernosas. O álcool parece se transformar em leite materno, essencial para sobrevivência. Mas a verdade dói, e coquetéis molotov como estes só têm efeito moral. A rebelião de sentimentos volta com tudo, fazendo pressão para que se tome alguma atitude. Quanto mais combate, novos soldados estarão de prontidão com armas para fazer reagir. É aí que entra a elaboração de um plano.

O plano

Para traçar este plano é preciso encontrar aliados confiáveis para explicar tudo de forma confortável. Desde a história do conflito até sua situação atual. Pode recrutar a família, os amigos e até um terapeuta quando necessário. O modelo de dar um tempo ao tempo, ou da ressaca recarregável não funciona mais. O importante é compartilhar os sentimentos, abrir o coração e esvaziar a mente. Esse é o plano! O vazio gera espaço para que venha o novo. Caso seja um retorno, será para um espaço amplo e arejado. Se for uma nova pessoa, virá preencher de forma plena.


A vitória

Vale aquela máxima: “Quando foi a última vez que você tentou alguma coisa pela primeira vez?” Relacionamentos nos deixam viciados em determinados comportamentos. Nos momentos críticos as influências nos chegam aos montes. É um tal de tem que fazer isso, tem que ser assim. Agora você sabe. É preciso agir com estratégia para não se perder pelo caminho e retornar ao mesmo ponto de partida. Seja empático, reveja suas necessidades. Crie um novo jeito de lidar com a situação. Sem pensar em guerra, imagine harmonia e celebração.

rica

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11º dia: NÃO CONTÉM GLÚTEN

terça-feira, agosto 20, 2013 Rica Matsu 10 Comentarios



INFORMAÇÃO NUTRICIONAL: texto 100% natural. Ingredientes: extrato de palavras verdadeiras, gramaticina diluída, goma xantana alfabetizada, aroma idêntico ao natural da informação. Pode conter traços de conhecimento. NÃO CONTÉM GLÚTEN.

Imagine que antes de ler qualquer coisa, tivesse que conferir informações como essas para poder consumir o texto ou não. Complicado. É desta forma que intolerantes ao glúten precisam fazer para não passarem mal. Qualquer quantidade da proteína ingerida, seja uma mínima partícula, compromete todo o funcionamento do intestino.  O cuidado na alimentação deve ser rigoroso. Não tem meio termo. É preciso evitar tudo que contém o bendito glúten. As consequências da ingestão são severas.

O sistema imunológico do celíaco ataca o próprio organismo para não absorver o glúten. A proteína presente no trigo, cevada, centeio e aveia, danifica as paredes do intestino de forma que nutrientes não sejam absorvidos, provocando diversos sintomas desconfortáveis, dolorosos, inclusive degenerativos.

Portadores da doença celíaca não podem comer em qualquer lugar devido a uma série de cuidados no preparo das comidas. Muito utilizado na culinária industrial, o glúten modifica a textura e dá a famosa liga nas massas dos alimentos. São poucos os países que adotaram uma política direcionada a alimentação dos celíacos. Aqui no Brasil, a lei nº 10.674 de 2003 determina que fabricantes da indústria alimentícia informem a presença do glúten nas embalagens. As associações estaduais têm feito o trabalho mais importante de conscientização, além de auxiliar quem possui o problema.


Pizzas, massas, biscoitos e pães são os principais alimentos que contêm glúten. São derivados do trigo, utilizado na produção em grande escala. Cerveja e bebidas com malte também. Há ainda temperos que utilizam a substância em sua composição. Todo cuidado é pouco. Apesar da lei do “contém glúten”, algumas fábricas desconhecem ou negligenciam a questão. A maneira mais segura de não se contaminar é fazer e levar toda a comida de casa. Situação nada fácil, pois exige conhecimento culinário e bastante trabalho.

Mesmo diante das dificuldades, ações importantes estão sendo feitas em benefício dos portadores da DC. O número de estabelecimentos e restaurantes voltados para atendê-los crescem; novos fabricantes aparecem nos mercados. O governo tem se preocupado mais e há maior conscientização das pessoas. A medicina também faz sua parte. Na Nova Zelândia, está sendo testada uma nova vacina que pode ser o caminho para a cura. Mais esperança para comer sem restrições e ter no cardápio mais sabores, mais opções.

rica

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