Oração? Ora, ação!

sexta-feira, dezembro 13, 2013 Rica Matsu 1 Comentarios


Quando o assunto é sair da zona de conforto pensamos logo em ações para deixar esse estado paralisante que nos faz um ser humano limitado e conformado com tudo o que acontece. No Universo tudo caminha para frente: planetas, sistemas solares, galáxias, estrelas etc. Sem exceção, pode procurar no Google. E é claro, tudo que há dentro deles vai junto. Para frente! Nada se movimenta para trás. E o que permanece estagnado anda contra a evolução. Das inúmeras coisas que nos impedem de dar passos adiante, talvez a mais poderosa seja a religião. Ela molda o ser humano desde o seu nascimento em torno de “cercas vivas” que as privam de seu direito de escolha, de mudança e de livre pensamento. Na prática ela não evoluiu. Os resultados são catastróficos até hoje, é só lembrar-se de todos os maiores conflitos da humanidade. Consequências ainda maiores incidem sobre cada um de nós - únicos seres pensantes já conhecidos em todo o Cosmos. A impressão é que se colocar o pé para fora destas cercas você está errado, maculado e perdido.

Tudo começa com a simples pretensão de pertencer a uma “verdade suprema”. A partir daí, qualquer passo fora do padrão é visto como transgressão de leis e mandamentos. É também contra a crença na existência de uma entidade superior que dará a você o caminho que for melhor: o famoso “plano de deus para sua vida”, ou “o destino a ser cumprido” nas seitas mais esotéricas. Quase sempre não nos foi permitido escolher; até mesmo opinar. Nossos pais nos repassaram com a melhor das intenções. A maioria na sociedade está ancorada na religião. Assim, temem esta pressão opressora que impede nossos passos rumo a evolução e ao autoconhecimento. Medo, status, represálias, orgulho, preocupações sobre o que os outros vão falar, são alguns motivos que levam a este fim. A religião consegue construir com perfeição “Pessoas Adequadas aos Padrões”. O fato é que a imposição dessas “verdades” formam pessoas confinadas a limites estabelecidos por interesses político espirituais. Cidadãos adequados ao sistema. Famílias, grupos e comunidades inteiras.

Tudo isso embota nossas ações ao tentar evoluir e ultrapassar limites. Limites da imaginação, de possibilidades e de criação. A criatividade é uma dádiva que precisa ser estimulada no mundo, pois nascemos para criar. Criatividade é sinônimo de vida, da forma mais genuína possível. Esta existência, tão repleta de recursos, não pode ser restrita a crenças limitadoras de qualquer espécie. Ela está aí bela e disponível, ao contrário do clima sofrível e tenso que as religiões insistem em pregar. Quando alguém teme e confia num ser superior ditador de regras, acaba agindo em função disso. Criada e condicionada desde o nascimento, não aje de forma espontânea, conforme sua vontade interior.

Deixar tudo nas mãos de um Paizão que tudo pode para te salvar das intempéries da vida, é, a maior de todas as Zonas de Conforto. Não exige esforço, nem estimula a inteligência. Vai ter sempre alguém para manipular as situações e acontecimentos por você. Se a todo momento um ser abstrato intercede por nós, qual é o motivo de se existir, então? Quando vamos descobrir e usar todo nosso potencial? A inteligência total, a capacidade de transformar o mundo ao seu redor, nosso poder de decisão? Esta relação de religião e evolução se mostra bem clara ao falar sobre Ateísmo.  Acredita-se que ateus sejam mais inteligentes que teístas. Por outro lado, teístas acreditam que serão salvos no final de tudo. Aí começa uma guerra de egos e intolerância. Uns se dedicam ao conhecimento científico, outros o conhecimento sobrenatural. Enquanto a ciência melhora a vida da humanidade na prática, a religião sobrevive, com sucesso, através de teorias e promessas de salvação ou de garantias de um lugar privilegiado nos céus do fim dos tempos.



Livros considerados sagrados ensinam sobre a vida como se ainda vivêssemos na idade média. É um contraste contemporâneo: baseados nesses conteúdos perduram guerras e conflitos atuais; inclusive entre dissidentes de suas próprias doutrinas. O avanço da ciência reduz a cada dia a escala dos milagres e eventos inexplicáveis. Nenhum livro ou documento religioso ensina a pensar, mas sim a obedecer, seguir. Falam em livre arbítrio concedido e não sobre a livre escolha. Estas enciclopédias, surrealistas para hoje, não ensinam a conhecer a nós mesmos. Geram incertezas e medos quando começamos a explorar o nosso interior. Ao invés de incentivar a busca pelo conhecimento de nossas capacidades, belezas e diversidades, pregam que a sua “verdade” é a correta e que todos a devem seguir.

Religiões fundamentalistas conseguem enxergar como obra divina um único sobrevivente de um acidente onde morreram mil pessoas, mas não conseguem explicar como foi que a mesma obra divina matou as outras novecentos e noventa e nove. A superficialidade de outros segmentos religiosos fazem milagres de cura instantâneos com duração de um bloco de programa de televisão. A mesma televisão julga outras religiões e principalmente ateus como provedores da discórdia e até de crimes.

Por estas e diversas outras razões a religião tem feito seu trabalho de forma eficiente: ao segmentar a raça humana; implantar valores e conceitos preconceituosos; cultuar o estado de espera de um paraíso no futuro; incutir na cabecinha de nossas crianças as limitações impostas por seres imaginários, julgadores e punitivos; a formar donos da verdade, que de forma covarde, dissimulada e até ingênua sustentam uma falsa sabedoria. Em momentos de sofrimento, eles mesmos duvidam de suas crenças. Eis o maior desafio dos que querem andar com as próprias pernas a escrever seu próprio destino: viver em um mundo onde possa usar as próprias mãos para descobrir a imensidão da vida, ao invés de ser empurrado pelas mãos divinas e de suas ovelhas. 



Sem esperar a cutucada divina, assumir decisões, promover a cura. Temos forças suficientes para isso. Pegar de volta a direção. Confiar no teu Eu. Ter mais fé. Fé em nossa própria capacidade de construir e criar. Fé em Eus! É como diz Lulu Santos na letra de Tempos Modernos: "Vamos nos permitir"!

Gratidão total! _/\_

Um comentário:

  1. Concordo com o autor em transmitir que a RELIGIOSIDADE é a pior das prisões, mas discordo quanto suas generalização, pois ao término da leitura a impressão que fica é que a bíblia o manual mais antigo de vida, consagrado por gerações, não passa de uma mentira usada por pretensioso. Embora ela não seja citada, por cuidado do escritor, ou talvez não fosse a sua intenção engloba-la e se estou jugando, já peço perdão. Quero expor que o problema não esta na literatura usada ou no Deus manifestado, como parâmetro religioso, e sim em quem pega a literatura e faz a religião, eles criam os moldes doutrinário para atingir seu própio interesse, e isso é manifestar que o ser humano em todas as épocas nunca foi impedido de ser criativo ou pensante pela escrituras sagradas, é declarar abertamente que o ser humano esta corrompido por interesses própios que na maioria não contempla o bem comum, e vai usar de qualquer artifício para atingir os objetivos, ainda que seja: enganar o próximo, e a bíblia se lida com atenção manifesta a correção, o limite e desmascara atitudes como esta que ao meu ver, são muito mais que dignas de serem corrigidas, limitadas e desmascarada. Caro leitor só por que muitos FALSOS PROFETAS emergiram ao longo do tempo ensinando uma falsa religião isso não Faz de Deus um mentiroso e nem as suas escritura. Jesus nunca impediu ninguém
    de fazer nada, simplesmente tinha o poder de discernir a intenções dos coração, e quando ele manifestava isto aos olhos e ouvidos de todos era motivo de ser rejeitado, tido como baderneiro, e classificado como só mais um interesseiro para que as suas doutrinas fossem rejeitada. Doutrinas estas, que são incontestáveis se julgadas como limitadoras de criatividade e evolução pessoal,ao
    meu ver sejam únicas que contemple: a criatividade, a evolução, o crescimento pessoal, a inteligencia... sem ferir os direitos do próximo. A não ser que, quem pense ao contrário esteja omitindo o interesse apenas pessoal.

    Que se tratando de uma maioria não é digna de ser ouvida!

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