#vempradentro

sexta-feira, setembro 13, 2013 Rica Matsu 0 Comentarios



Quem é você? Em que você acredita? Qual a sua missão neste mundo? Você é feliz com a vida que leva? Você se sente livre em qualquer circunstância? O que é felicidade pra você? A religião te limita? Você faz o trabalho que gosta ou faz porque precisa? Compactua, de forma indireta, com algo que não concorda porque “é o jeito”? Tantas perguntas, não? Essa não é a melhor forma de começar um texto. Porém, assim posso fazer com que as suas respostas sejam o assunto desse artigo. Pois são exatamente as suas respostas que constroem tudo o que acontece contigo.

Não precisa ser um revolucionário como Martin Luther King, basta ter um sonho. Depois que inventaram o botão do automático a impressão que se tem é que a grande maioria das pessoas nem sabe mais o que quer na vida. Trabalham para sobreviver. Não para viver. Escolhem a profissão que lhes forneça dinheiro para comer, se vestir e consumir coisas. E essas coisas, nada menos, são adquiridas para ir trabalhar. O sonho fica para depois.

O sonho é deixado de lado. “Não temos tempo”. Ou melhor, “do” lado.  Do lado de dentro. Num lugar onde menos procuramos em tempos modernos: dentro de si mesmo. Existem tantas coisas que tomam nossa atenção que esquecemos dos sonhos. Evidentes na infância, eles são essenciais para realizar a missão a qual somos responsáveis no mundo. Muitos dizem que viemos aqui para ser feliz. Tá certo. Mas vamos ser mais específicos.

Vemos casos assim: “Meu sonho é ser piloto de avião, mas sou webdesigner porque antes preciso levantar uma grana.” Tem esse também: “Minha missão é ser cozinheira. Faço comida como ninguém, só em casa para os amigos; talvez faça um curso de culinária depois de terminar a faculdade de direito.” Conheço pessoas assim. Outras parecem que passam imunes pelo quiosque promocional da zona de conforto, dizendo: “Não amigo, obrigado. Falo com você logo depois de realizar meu sonho.”


Seja esse papo de missão e sonho coisa de filme, repare, então, nessa palavra que traz os pensamentos mais para a realidade. Propósito! Essa é a palavra. O fio da meada. Coloque essa palavra dentro daquelas perguntas lá no início do texto e veja o sentido prático disto. Reveja suas respostas e perceba que o caminho para o sonho fica bem mais claro, bem mais real. É como se felicidade tivesse mesmo um mapa. E ela tem sim como ser traçada. Através do conhecimento de si próprio, o autoconhecimento. Desde criança somos educados para conhecer tudo lá fora, e prestar atenção no que acontece no externo. E é aí que nos perdemos de nós mesmos. Esquecemos a espontaneidade de ser, na tentativa de agradar os outros ou porque assim é mais fácil.

Um caso brilhante é o da banda de pop rock Utopia. Cinco jovens que decidiram montar uma banda para ser um fenômeno. Apesar de estar no mesmo ramo de atividade, a Música, eles só atingiram o sucesso depois de serem eles mesmos. Ao contrário de toda a abordagem política e filosófica das bandas dos anos oitenta, o que faziam de melhor surgia do lado espontâneo e engraçado nos bastidores. O autoconhecimento os levou até a realização do sonho. Ironicamente, a Utopia se tornou o que conhecemos hoje como Mamonas Assassinas. Qual foi o propósito deles? Ser feliz. Olha aí a fórmula! Vários episódios poderiam enriquecer esse tema, inclusive com pessoas que são incontestáveis exemplos de autoconhecimento. Mas esse é simples e genial. Estava na cara, a todo tempo ali. E a partir deste insight a carreira destes músicos foi meteórica.

Pode ser que esteja fazendo vista grossa sobre si mesmo, ao invés de dar mais valor a sua própria natureza; aos talentos virgens, aos experimentados e esquecidos. A atenção está tão focada no automatismo que não tem tempo de parar e analisar o que existe aí dentro. Capacidades espontâneas de fazer o bem, de provocar sorrisos, de melhorar o mundo. Aonde quer que se encontre, caso insatisfeito, podem ser as cutucadas das respostas que estão teimando em sair de você. Fique um pouco só, e isso não é solidão. Faça uma experiência: viaje, vá ao cinema sozinho, somente na sua companhia. Parece assustador, não? Vai prestar mais atenção em você. E vai achar beleza nisso. Autoconhecimento é fruto da introspecção. E o melhor de tudo isso vai ser quando você puder mostrar e compartilhar com todas as pessoas os frutos desse olhar interno. Existe uma grande manifestação em torno do autoconhecimento. Aceite o convite desse movimento. #vempradentro


rica

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